sexta-feira, 3 de julho de 2009

Para sempre, Michael Jackson.


Em um mundo cada vez mais multifacetado, sem consensos ideológicos ou utopias capazes de engajar multidões, restaram poucas unanimidades de interesses. Uma delas é a cultura pop: tudo que lemos, ouvimos, assistimos ou consumimos. Michael Jackson foi um fenômeno cultural que atraiu interesses dos mais díspares cantos do mundo com suas músicas e coreografias. Nestes tempos de long tail, será muito, muito difícil surgir um outro artista capaz de vender tantos discos, fazer tamanho sucesso, atrair tanta atenção. Michael destacou-se em uma época na qual walkmans, fitas cassete, vinis, máquinas de escrever, aparelhos de fax e fichas telefônicas ainda não faziam parte do tal 'museu de grandes novidades' cantado por Cazuza. Mas e agora? Com o tempo, tudo fica velho, desgatado. Quando relacionamos isso à Michael Jacksson, esse raciócio não é valido, simplesmente fica abstrato enquanto o relógio corre, os meses mudam, e os anos passam. Ele foi adquirindo fama, dinheiro, sucesso, reconhecimento, louvor com todos os anos de sua carreira. Foi se transformando na maior estrela da música pop que todos já viram. Vida pessoal à parte, mas Michael foi um grande artista antes de desbotar. Certamente, poderia ser atirada a primeira pedra quando é perguntado quem nunca quis aprender a coreografia do clipe de "Thriller" ou fazer o moonwalking.

E finalmente, a lei gravitacional, é imposta também ao Rei.

Com o tempo, Jacksson foi envolvido em escândalos com menores, e ao cúmulo contratou 15 advogados para defendê-lo de todo sensacionalismo e pressão.Abuso sexual de menores e outras nove acusações pesavam contra ele na Justiça americana.
A tremenda repercussão de sua inesperada morte em sites, TVs e conversas de bar, apesar dele não ter sido capaz de gravar uma nova música marcante nos últimos 15 anos, foi uma prova de que o Rei do Pop, apesar do declínio artístico e pessoal, ainda não havia perdido a majestade. E, neste momento em que piadas infames sobre sua morte pipocam aqui e acolá, prefiro recordar o diálogo entre um padre e um fiel no excelente filme argentino "O Filho da Noiva":

- Deus não é velho, nem jovem. Nem branco, nem negro. Nem homem, nem mulher.
- Ora, padre, este não é Deus. É o Michael Jackson!

O trono do "Rei do Pop" está vago, novamente.

13 comentários:

  1. linda homenagem. entretanto creio eu que a vaga nunca será preenchida.

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  2. Realmente ele foi um grnade fenômeno, um artista no sentido pleno da palavra, compunha, cantava e dançava.

    MIchael Jackson foi o meu primeiro grande ídolo, e seja como for, ele sempre terá um cantinho especial nas minhas memórias.

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  3. parabéns Lorac! belo texto.. é realmente uma pena que temos que perder pessoas com talentos inexplicáveis, como Ele.. ninguém esperava sua morte, pois era considerado um "imortal" para todo mundo. mesmo com tantos escândalos, e polêmicas na sua vida social, ninguém poderá se igualar a Michael.. e sim ele pode ter partido para um novo lugar, mas para sempre teremos a lembrança dele! pois é.. meu pai ouviu, eu ouvi, meus filhos e netos ouvirão e aclamarão o tão eterno rei. :)

    Isa F.

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  4. Realmente a vaga está aí, mais nunca será preenchida. É como Elvis, não existe outro 'Rei do Rock'
    Infelizmente a vida de Michael se sobrepõe e o grande artista é esquecido, dando lugar a um 'ser' que a mídia praticamente manipulava.
    Vi uma entrevista (pra mim uma perseguição) que ele deu à BBC, e o repórter parecia induzir o cantor a afirmar que os crimes, plásticas e todo tipo de acusação que você pode imaginar tinham sido feitos pelo mesmo.
    Não fica difícil imaginar o porque Michael vivia de remédios, todo anestesiado... ele não podia nem dar uma volta no zoologico com seus filhos (ou não).
    Enfim, Michael Jackson será o enterno Astro do Pop, queiram ou não!

    Ótimo texto Lo, parabéns :D

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  5. vivemos de diferenças, né?
    e contrariando o seu raciocínio, acho que não houve um declínio artístico, apesar de não ser fã do pop do titio Michael ele sempre foi dito como o deus em seus trabalhos. e a posição de "Rei" não é vaga enquanto restarem aqueles que reconheçam sua arte, o mesmo que acontece com o nosso louvável Lennon, apesar de toda a merda que ele fez pouco antes de morrer, não vão tomar dele a posição que ele conquistou, né?

    Lolove rumo ao jornalísmo?
    huuuuuuum, será? :)

    beijos e amo você mais que o titio Michael que me prometia docinhos :)

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  6. Nossa sem palavras, parabéns prima!
    Fico muito interessante, suas palavras descreveram certo, o fabuloso Michael Jackson.. Nunca ninguém vai ocupar o trono dele, porém nunca ninguém vai ser , cantar e dançar como ele!
    Ele é, e sempre será o melhor!
    Pra sempre em nossas memórias e pra sempre 'o rei do pop'


    Rê S.

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  7. Minha análise desse artigo começa esteticamente. Há falhas graves de gramática. Sujeito não se separa de Verbo! A Estrutura está boa, o texto está dinâmico. Agora.. os brocados. Não concordo com sua análise do verso do Cazuza. Acho que o "Museu de Grandes Novidades" reflete o dinamismo das invenções e também o aspecto perverso dos inventos contemporâneos. Além disso, percebo uma incoerência externa. A música "They Don't Care about Us" foi lançada em 1996 e marcou muito a carreira de Michael, principalmente na visão dos brasileiros, já que o clipe dessa música(caracterizada pelo teor crítico) foi gravado no Rio de Janeiro(RJ) e também em Salvador(BA). No mais, concordo plenamente com a descrição de Michael Jackson. Heil MJ!

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  8. OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS!

    VOCÊS SÃO FABULOSOS,TAMBÉM PUDERA, MEUS AMIGOS, NÉ. HAHAHA

    pela autora. (Lo)

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  9. hsaduahsdasd
    Eu naun gostava dele , mas to me surpreendendo com seus textos carol :D...
    Sinceramente , vai ser jornalista ;)

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  10. Ahhh esqueci de comentar...O diego eh gay ;)

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  11. Acredito que era um cara bacana, apenas solitário!

    obs> ele é a cara do Jig Saw (JOGOS MORTAIS)

    http://www.cheezhead.com/wp-content/uploads/2009/06/jigsaw.jpg

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  12. Um cara solitário com uma Neverlands no quintal,impossivel cara.
    Belo texto,e vc gosta de Cazuza.

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